Cuida dela.
Fica
quieto mas não se cala. E se calar, cê encara. Encara e aperta.
Aperta as mãos dela e fica. Faz do teu corpo acampamento. Ela só
quer se sentir segura no meio de tanta gente insegura, entre tantos
sorrisos incertos, abraços de alto risco e falsos retratos. Chega
cedo. Não se atrasa não. Espera por ela sem medo, mesmo que ela
pareça ser muita areia pro teu caminhão. Sossega que ela vem. Pede
reza que ela chega. Esconde as mãos no bolso ou atrás de você que
ela vai te pedir desculpas pela demora, cê troca a demora por um
beijo e tudo bem.
Erra, mas se errar concerta. Se piorar, cê retoca. Se no retoque enfeiar, cê pede pra ela se pendurar em você. Faz-se festa. Não se atrapalha, mas se tropeçar, sossega. Se gaguejar, cê tenta, mas se tentar cansar, fica tranquilo e aguenta. Deixa esse medo pra lá, joga o cansaço pra cá e pede um beijo, mas empresta um sorriso teu. Se ela rir, cê chega, mas se chegar falhar, insiste e invade com vontade e real satisfação. Ela quer alguém que eternize lembranças além de combinar os signos. Ela quer alguém que não deixe as noites em branco, alguém que do branco retire a poesia e sobreviva todas as manhãs. E das manhãs tira as rimas, mas se não rimar, cê esforça, faz do esforço boas tentativas de ser poeta. Mas se poeta cê não for, escreve bilhetes, cartas, mensagens de amor. Escreve em guardanapos, nas mãos, sei lá. Se escreveu errado, não liga, o amor esconde bobagens. Ela é boba, mas não mente. P-o-r-f-a-v-o-r, não mente se não quiser perdê-la pra sempre. E sempre, de qualquer maneira, faz dela a única. Ser única é agrado, e um agrado sincero deixa boas marcas. Deixa ela adormecer em teus braços, mas se pra ela dormir for fácil, entrega o teu mundo e doa o teu corpo, ela fará repouso, e do repouso, certeza, vai cuidar bem de você.Faz do teu ombro, escoro, mas se o escoro pra ela for pouco, se rende. Oferece colo, costas, cama, e a tua vida se preciso for. Faz ela se sentir bem-vinda e corrige todas as aflições que ela carrega na barra do vestido. Faz jus ao nome, porque até teu sobrenome e número do RG ela decorou. Troca os quadros da parede, tira toda a poeira e se desfaz do passado, se desprende dos medos, da dor sem dó, nem ré. Porque ré rima maré. E cê sabe, rema contramaré quem perde no amor a confiança e rejeita todas as esperanças de dar certo. Entra em maré quem quer, só mergulha em (mar)amor quem se permite, assume a guarda capitão, e se o naufrágio inevitável for, sem lamentos por favor. Lamentar desmerece as lembranças e você vai precisar lembrar dela um dia, garanto. Coloca novos tapetes porque ela vai passar, põe Caetano pra tocar e apresenta todos os cômodos da tua casa como se fossem todos os teus cantos. Faz ela se sentir de casa, do peito. Deixa ela ficar à vontade, e se ela tossir, cê explica que bons amores se tornam poeira mas não viram pó. Quem sabe ela deixa ser de você. E se escolher ser de você, 'proveita. Faz valer, e se valer for incompreensível. Explica, peleja, responde e não deixa ela escapar. Mas não crie expectativas, porque expectativas se tornam grandes armadilhas e esperar que alguém fique por você por nada é o mesmo que se ferir por qualquer coisa. Faz ela entender e enxergar, até contar pros outros quem, afinal, é você. Só você e pronto. E se estiver pronto, certeza, ela vai te provar.
Apresenta o quarto e o teu abraço. O teu colo e o terraço. O guarda-roupas e espaço vazio ao lado, mas não a confunde, por favor. Ela tem pavor de convites, pedidos e amores rápidos, correspondências e ligações exageradas de inicio. Não esconde nenhuma lembrança boa da estante, ela vai precisar tomar como prova antes de voltar pra casa com um pouco de você na boca. Convida ela pra sair por aí, pedalar a vida, caminhar pra felicidade, sei lá. Sair a pé , até encontrar a fé que precisava pra esse amor de vocês dois vingar. Abre todas as janelas do teu mundo, destranca todas as tuas fechaduras, abandona todas as traves, deixa o campo livre pra ela, deixa ela fazer o gol, garanto, cê vai comemorar.
Se um dia, ela enlouquecer e decidir ir embora. Pega a bagagem e corre, não perde a viagem, não deixa essa menina sem rumo. Se ela quiser ir, interrompe. Mas se interromper não for capaz, deixa ela ir em paz. Cuidar dela é cuidar aqui por perto ou lá bem longe também. Diz pra ela que ainda bem pensa nela. Confessa que já és tão dela e não se sente bem sozinho. Deixa levar, vai. O suor durante o filme, da dança até o fim de madrugada. Cê não precisa explicar, mas se precisar, cê diz tranquilo que aquilo de dormir bem já não é tão bom sem ela. Cuida dela e deita nela. Faz, sem tanto fez. Faz ser de verdade, ser com vontade, ser bem de vez.
Erra, mas se errar concerta. Se piorar, cê retoca. Se no retoque enfeiar, cê pede pra ela se pendurar em você. Faz-se festa. Não se atrapalha, mas se tropeçar, sossega. Se gaguejar, cê tenta, mas se tentar cansar, fica tranquilo e aguenta. Deixa esse medo pra lá, joga o cansaço pra cá e pede um beijo, mas empresta um sorriso teu. Se ela rir, cê chega, mas se chegar falhar, insiste e invade com vontade e real satisfação. Ela quer alguém que eternize lembranças além de combinar os signos. Ela quer alguém que não deixe as noites em branco, alguém que do branco retire a poesia e sobreviva todas as manhãs. E das manhãs tira as rimas, mas se não rimar, cê esforça, faz do esforço boas tentativas de ser poeta. Mas se poeta cê não for, escreve bilhetes, cartas, mensagens de amor. Escreve em guardanapos, nas mãos, sei lá. Se escreveu errado, não liga, o amor esconde bobagens. Ela é boba, mas não mente. P-o-r-f-a-v-o-r, não mente se não quiser perdê-la pra sempre. E sempre, de qualquer maneira, faz dela a única. Ser única é agrado, e um agrado sincero deixa boas marcas. Deixa ela adormecer em teus braços, mas se pra ela dormir for fácil, entrega o teu mundo e doa o teu corpo, ela fará repouso, e do repouso, certeza, vai cuidar bem de você.Faz do teu ombro, escoro, mas se o escoro pra ela for pouco, se rende. Oferece colo, costas, cama, e a tua vida se preciso for. Faz ela se sentir bem-vinda e corrige todas as aflições que ela carrega na barra do vestido. Faz jus ao nome, porque até teu sobrenome e número do RG ela decorou. Troca os quadros da parede, tira toda a poeira e se desfaz do passado, se desprende dos medos, da dor sem dó, nem ré. Porque ré rima maré. E cê sabe, rema contramaré quem perde no amor a confiança e rejeita todas as esperanças de dar certo. Entra em maré quem quer, só mergulha em (mar)amor quem se permite, assume a guarda capitão, e se o naufrágio inevitável for, sem lamentos por favor. Lamentar desmerece as lembranças e você vai precisar lembrar dela um dia, garanto. Coloca novos tapetes porque ela vai passar, põe Caetano pra tocar e apresenta todos os cômodos da tua casa como se fossem todos os teus cantos. Faz ela se sentir de casa, do peito. Deixa ela ficar à vontade, e se ela tossir, cê explica que bons amores se tornam poeira mas não viram pó. Quem sabe ela deixa ser de você. E se escolher ser de você, 'proveita. Faz valer, e se valer for incompreensível. Explica, peleja, responde e não deixa ela escapar. Mas não crie expectativas, porque expectativas se tornam grandes armadilhas e esperar que alguém fique por você por nada é o mesmo que se ferir por qualquer coisa. Faz ela entender e enxergar, até contar pros outros quem, afinal, é você. Só você e pronto. E se estiver pronto, certeza, ela vai te provar.
Apresenta o quarto e o teu abraço. O teu colo e o terraço. O guarda-roupas e espaço vazio ao lado, mas não a confunde, por favor. Ela tem pavor de convites, pedidos e amores rápidos, correspondências e ligações exageradas de inicio. Não esconde nenhuma lembrança boa da estante, ela vai precisar tomar como prova antes de voltar pra casa com um pouco de você na boca. Convida ela pra sair por aí, pedalar a vida, caminhar pra felicidade, sei lá. Sair a pé , até encontrar a fé que precisava pra esse amor de vocês dois vingar. Abre todas as janelas do teu mundo, destranca todas as tuas fechaduras, abandona todas as traves, deixa o campo livre pra ela, deixa ela fazer o gol, garanto, cê vai comemorar.
Se um dia, ela enlouquecer e decidir ir embora. Pega a bagagem e corre, não perde a viagem, não deixa essa menina sem rumo. Se ela quiser ir, interrompe. Mas se interromper não for capaz, deixa ela ir em paz. Cuidar dela é cuidar aqui por perto ou lá bem longe também. Diz pra ela que ainda bem pensa nela. Confessa que já és tão dela e não se sente bem sozinho. Deixa levar, vai. O suor durante o filme, da dança até o fim de madrugada. Cê não precisa explicar, mas se precisar, cê diz tranquilo que aquilo de dormir bem já não é tão bom sem ela. Cuida dela e deita nela. Faz, sem tanto fez. Faz ser de verdade, ser com vontade, ser bem de vez.
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